Ha algum tempo atrás, pouco antes de ir para a bélgica, me propus a participar do dia de portas abertas no Theaterhaus Mitte fazendo um ensaio aberto do meu projeto... Nao obtive resposta, e já tinha desencanado quando sexta feira fui surpreendido por um e-mail dizendo que havia um espaco reservado pra mim no dia seguinte, as 19:30hs. (quase um horário perfeito). A primeira reacao óbvia foi dizer nao, depois um "o que eu tenho a perder?"... Lembrei de minhas mostras no Brasil, e de como tinham sido importantes pra determinar certos medos, certas falhas, e acabei achando que era um risco que eu tinha que correr...
Muito poucas pessoas estavam na sala, algumas muito queridas, um ambiente bastante propício, isso me ajudou bastante. Estava, claro, muito nervoso, mas consegui fazer as energias fluirem, apesar do ritmo um pouco acelerado que acabei determinando. Apresentei basicamente o roteiro sobre o qual tenho trabalhado, as conslusoes parecem ser muito próximas à minha sensacäo, ouvindo os retornos, especialmente o da Gabi...
Resumidamente, parece que a passagem que se inicia com a danca da sedutora é o momento em que a coisa realmente parece engrenar (nao coincidentemente é quando o sentido do todo, ou as imagens de cada energia sao mais claras pra mim). O comeco, especialmente a energia da donzela está mais complicada, até porque fica naquele limite mais delicado de um feminino óbvio. A Gabi sente falta de momentos mais fortes, claros, definidos, menos redondos e sinuosos (como talvez o que eu tinha na lua?). Pra mim, a passagem da maca também funcionou bastante bem, sinto falta de mais coisas que contribuam para a formacao de uma dramaturgia, ou pelo menos uma possível identificacao de tracos de um tema...
Também sinto falta de clareza em alguns momentos, principalmente na passagem em que a flutuacao de energias é mais rápida, ainda sinto que estou executando um virtuosismo, nao consigo encontrar corporalmente uma lógica, apesar de compreender qual ela seria racionalmene...
segunda-feira, 14 de abril de 2008
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