sexta-feira, 6 de junho de 2008

Ensaios 03 e 06 de junho

Voltando a me encontrar
lentamente e respeitando os limites,
mas sem perder de vista as coisas que já foram conquistadas.

Estabelecer um roteiro foi importante como exercício nas últimas semanas, sinto que cada coisa tem uma qualidade individual inegavel, mas que ainda falta algo ao conjunto. Talvez faltem surpresas, tudo seja muito bem organizado e lógico. Talvez faltem pontos de apoio, referencias claras, momentos teatrais. Talvez faltem textos. Sinto que o roteiro, com todas suas qualidades, ainda é mais esburacado que o trabalho em geral... Sinto que estive muito preso a determinado tipo de dinamica de improvisacao, e que o resultado é que a maior parte das energias se constitui nessa dinâmica (uma danca mais livre, mais abstrata, construida em torno da relacao direta com o público supostamente presente). Preciso encontrar alternativas? Ou essa constancia se apresenta como uma coerencia inerente ao trabalho?

O medo de que as energias se confundissem se foi. Colocar a Lua e a Libertina lado a lado, bem como o Desespero e a Viúva possibilitou que eu tornasse mais clara a individualidade destas, e também que tomasse algumas decisoes nesse sentido. A Lua por exemplo, esta cada vez mais centrada na ideia da frieza do ataque, a seducao está quase completamente deixada de lado, ou transformada para a Libertina/Concubina. A Viúva voltou a ser um pouco mais leve, como uma fuga no passado depois do desespero no presente, sem que perdesse seu tônus ou seu envolvimento...

Macas. Muitas macas presas no teto e no chao...
Velas? Qual o risco prático de usar velas?
De que outra forma posso criar uma iluminacao nao teatral?
Como lidar com o problema da insercao das músicas?
Quais sao as músicas e quais sao os momentos?
Iniciar como a criada, de forma mais leve, ou como a lua, com um tensionamento já de princípio?
Eu quero usar texto? Qual? Quanto?

questoes que tem surgido, quanto mais o trabalho se encaminha no sentido de uma configuracao...

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