Até entao, quem entrava em sala de trabalho, quem recolhia suas impressoes neste blog, quem determinava os rumos do trabalho era o performer. Eram suas inquietacoes, suas dúvidas, suas energias e suas análises que permeavam o trabalho e determinavam os rumos a serem seguidos.
Ontem isso mudou. Ontem pela primeira vez o diretor entrou junto em sala de trabalho. Se isso já estava apontado em alguns momentos dos últimos ensaios, ontem se configurou totalmente. Foi um trabalho mais analítico, mais formal, mais frio. Decidir acoes, encontrar passagens, tomar opcoes de resultado... Com bastao ou sem bastao, sentado ou em pé, coisas que só um olhar externo pode decidir. Os filmes nunca foram tao importantes, poder olhar, analisar, refletir. Em alguns momentos o olhar externo e a sensacao parecem estar totalmente conectados, em outro eles surpreendem-se com impressoes quase opostas.
Foi um dia mais difícil. Menos prazeiroso, mas necessário. Chega um ponto do trabalho em que nao adianta continuar improvisando indefinidamente, é possível se fazer isso, mas comecei a ter a sensacao de que o que eu progredia era muito pouco, que era preciso comecar a dar forma, a encontrar os limites para dentro deles evoluir.
terça-feira, 20 de novembro de 2007
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